quarta-feira, 18 de novembro de 2009

~ Resenha: Por Trás da Máscara Familiar


Resenha do Livro: POR TRÁS DA MÁSCARA FAMILIAR-
O Livro representa o trabalho de 8 anos, no Instituto de terapia Familiar de Roma. O modelo de terapia adotado baseou-se nos ensinamentos de Salvador Minuchin. O objetivo do livro é fornecer uma visão dinâmica do indivíduo no contexto familiar. Utilizam o método relacional para um melhor entendimento do comportamento humano.
A Família é um sistema ativo em constante transformação, ou seja, um organismo complexo que se altera com o passar do tempo para assegurar a continuidade e o crescimento de seus membros. O indivíduo tem a necessidade de diferenciação (auto-expressão), necessidade de encontrar o espaço pessoal, a própria identidade. Este processo requer da Família fases de desorganização, instabilidade, caracterizado por confusão e incerteza, marcando a passagem para um novo equilíbrio funcional. Isso só acontece se a Família é capaz de tolerar a diferenciação dos seus membros. Essa evolução pode não ocorrer, forçando o indivíduo a ser sempre aquilo que o sistema impõe. O indivíduo encontra fortes obstáculos para sua individuação.
O papel do Terapeuta é oposto daquilo que a Família espera, porque deve-se induzir aquele desequilíbrio que eles procuram evitar. Onde existe instabilidade, o objetivo será acentuá-la. A Família pede estabilidade e nós induzimos maior instabilidade. O bode expiatório é tão importante que explica todas as dificuldades na tentativa de deslocar sua centralidade e de ampliar o problema de forma a envolver todos os membros da Família.
Com a redefinição (mudança de perspectiva), a Família enfrentará a pobreza de suas interações, a qualidade secreta de quaisquer trocas reais e o espaço pessoal quase inexistente deixado para cada membro. A redefinição tende a desestabilizar rapidamente a ordem organizada da família. A provocação (provocare – trazer `a tona) é um instrumento poderoso, pois permite que a tensão dentro da família aumente. É indicada em sistemas rígidos, como facilitador de mudança. A negação estratégica é uma técnica paradoxal onde o terapeuta alia-se ao elemento homeostático do sistema, revelando e ampliando as bases para a impossibilidade de mudança. Para que essa intervenção tenha sucesso, deve existir uma relação entre a Família e o terapeuta.
O sintoma denuncia que algo está disfuncional no indivíduo e no seu sistema familiar. Este é uma comunicação metafórica. A metáfora e o objeto metafórico são instrumentos de comunicação onde pode-se criar imagens, representações percepções caracterizar pessoas e indicar o seu funcionamento.





Importante: esse material é produto de anotações pessoais de assuntos abordados na seguinte palestra.

Um comentário:

José disse...

Independentemente do valor desta resenha, julgo que importa ao terapeuta ter a capacidade para constituir um padrão de comportamental, analisar e estabelecer com isenção o perfil psiquico psicológico individual dos entervenientes os condicionantes familiares e interesses materiais.A partir daí, sim estabelecer uma estratégia empática, desenvolver as motivações e desajustes para abrir caminho e tirar partido dos desentendimentos ajudando à libertação emocional das intenções. Isto é ver todo o lixo para saber onde limper e arrumar as partes, numa linguagem pouco ortodoxa.Afinal a muitos juízes em causa alheia passam despercebidos os detalhes mais importantes numa negociação, apenas porque se regem ao trivial da lei e do direito. A vida não é um livro é um conjunto de razões transformadas em emoções nem sempre equilibradas e racionais.O objectivo de uma mediação é chegar a um acordo,desbravando terreno,não é o mesmo que julgar pela Lei.