Imagem retirada de: Oficina da Net |
Onde há pessoas, há relacionamentos. Eles podem ser a nível
de um vínculo forte ou um relacionamento superficial.
As pessoas ao se agruparem num mesmo espaço se enredam não só
pelo compartilhamento do mesmo oxigênio mas por algum objetivo em comum. Isso
tudo sem ao menos trocar uma palavra. Além disso, as pessoas compartilham a
necessidade de conectarem-se. Podemos chamar de vínculo quando compartilhamos uma
interação muito forte com alguma pessoa.
Todos os relacionamentos são saudáveis? As relações que
desempenhamos no dia a dia suprem nossa necessidade de conexão?
Os aplicativos que fazem parte da grande rede social
facilitam ou dificultam nossos vínculos?
O número de pessoas que temos a disposição para “conversar”
é elevado, mas, de fato, estamos conversando com esses números? Ou estamos na espera
da conversa?
As relações saudáveis em que todo ser humano se estabelece,
contribuem para um desenvolvimento emocional e psicológico adaptado, afinal, o
ser humano se constitui a partir de outros.
Com frequência escuto a frase “as pessoas são complicadas”.
E são. E complica ainda mais quanto temos que trocar nossa complicadez com
outra complicadez. É um jogo infinito de trocas entre uma pessoa e outra.
Fazer-se entender é complicado. Não temos controle sobre os pensamentos, sentimentos
e comportamentos das outras pessoas, logo, elas interpretam nossa complicadez
(na qual achávamos que antes era facilitez) como elas quiserem.
Podemos optar por não decifrar algumas pessoas que nos
parecem complicadas. Na minha opinião, temos escolha também para nos afastar do
que nos parece distante do que acreditamos. Podemos lutar, podemos nos afastar,
podemos dar tempo ao tempo.
Qualquer relacionamento social que envolva algum nível de
saúde social e psicológica vai ter altos e baixos. É o que fizemos com os altos
e baixos que vai constituir nossa saúde psicológica particular. Afinal, somos
influenciados pelo círculo de pessoas que nos cercam.
Comunicação é saudável em qualquer relacionamento.
Entretanto, não espere a comunicação somente por palavras. Alguns atos falam
mais por nós do que discursos prontos. Aprenda a ouvir os silêncios, as pausas,
os gestos. Nunca ficamos sem respostas, apenas não conseguimos decifrá-las como
gostaríamos. Às vezes, deciframos, mas não digerimos da melhor forma.
O importante a destacar é que ter relacionamentos é
saudável, necessário e constitutivo. Participar de vários círculos nos torna
mais maleáveis e mais aptos para as trocas com outras pessoas. Ser maleável,
ser flexível, é saúde psicológica. Demoramos, mas aprendemos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário