Fonte da imagem: http://neuroticosanonimosenlinea.com/wp-content/uploads/2014/02/culpa.jpeg
Alarmante
propriedade do ser humano em contrariar a dor pela junção de sentimento negativo.
O excesso
traz a culpa. Também a falta ou a mínima. Pecado que é cometido sem
intenção. Que comove aquele que sente por ter errado.
Existe a
desculpa. Proclama tal palavra pra argumentar teu arrependimento. (Des)de que
adianta a (des)culpa? Ela é (des)necessária também para nossa
sobrevivência. Sabermos nossos limites e regras. Para não escapulir no
excesso de novo e cair na culpa pra proclamar a desculpa.
Entramos
num círculo vicioso de pequenas culpas. No doce extra. Nas palavras proferidas às
pressas e que vieram em tom áspero. Aquela culpa que atravessa dias e até
meses. Aquela culpa por deixar partir.
Me
(des)culpo pelo desperdício: de tempo, de espaço, de palavras e textos. Me
(des)culpo pelo excesso: de pensamentos, de intensidade, de mim mesma.
Aparece
todos os dias. Relevo no silêncio. Revela na mágoa e na dor de uma
saudade por desculpa. Quero aproveitar para tirar o nexo dessa e das outras: de
todas as (des)culpas apenas do que não tornou ação.
2 comentários:
Praticamente uma poesia. " Culpar-se ou desculpar-se, eis a questão.
Sempre ótima Rafaela.
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