terça-feira, 5 de abril de 2011

~ O Utilitarismo


Rachels, James. (2006).  O debate sobre o utilitarismo In Os elementos da filosofia da moral (pp. 104-118); 4ª Ed. Trad. Roberto Cavallari Filho; revisão científica José Geraldo A. B. Pocker... (et al.). São Paulo: Manole.

Tema:
Princípios éticos do Utilitarismo.

Delimitação do tema:
Consequência das ações, felicidade.

Pergunta (problema):
As ações e consequências são delimitadas pela finalidade da felicidade própria?

Resposta (hipótese):
Para o Utilitarismo, os atos devem ser baseados em compensação a finalidade que eles objetivarão, sendo a principal e única a felicidade, ou seja, a felicidade contida em realizar alguma ação é ética por si mesma.

Objetivo:
O texto objetiva conceituar o utilitarismo, bem como as criticas que surgiram a este movimento e as supostas defesas apresentadas. Permite mostrar uma via ética que quase está abandonada devido a pouca abrangência que tem.

Justificativa:
O autor justifica a importância da felicidade como um fim, que é o que propõe o utilitarismo.  Para isso, envolve as consequências dos atos, que podem gerar felicidade ou infelicidade onde o valor da felicidade é congruente a todos.
Algumas críticas lançadas ao utilitarismo enfatizam a justiça, onde o utilitarismo aprovaria a mentira (que é uma coisa ruim) sendo que se o fim revelasse consequências boas; os direitos, onde estes não devem ultrapassar os propósitos em que prejudiquem outro sujeito; e as razões passadas, que são excluídas pelo utilitarismo, pois este sempre visa às consequências, e, sabe-se que o passado é importante na determinação de atos atuais ou futuros, daí o argumento desta terceira crítica ao utilitarismo.
Houveram defesas a partir dessas e outras críticas que foram surgindo, porém muito fracas e com justificativas pouco coesas, o que gera a pouca credibilidade nessa corrente ética.

Análise crítica:
A partir das considerações a que se propõe o utilitarismo, acredito que em partes é uma teoria que visa somente a teoria em si, não parece abranger a todas as ações e situações em que o ser humano está inserido. É conveniente pensar na felicidade como finalidade nas ações, entretanto, alguns limites devem ser estabelecidos e respeitados, onde a felicidade de alguém não avançar os limites quando se trata da felicidade que envolva aos outros. Pensando dessa maneira, o inventor ou inventores da bomba atômica, ou seus componentes, devem estar felizes pelo avanço na ciência, pela utilidade (?) de sua criação. Por outro lado, quanta desgraça e infelicidade a mesma bomba provocou?
Pensar que as pessoas tem capacidade de julgar o certo e o errado visando uma felicidade maior não é muito sustentável, pois cada personalidade é única e cada forma de pensar é única. Grosso modo, não há, somente pela aparência, como conhecer as intenções e prever atos de cada sujeito, se estes estão ligados à felicidade ou algum ganho secundário, ou qualquer outra consequência.

Atenção: Reflexão a partir da bibliografia citada para disciplina de Ética sob orientação do Professor Mateus Salvadori. O professor tem ciência de que este material encontra-se disponível nesse endereço bem como a citação de seu nome aqui contido.

Nenhum comentário: